quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Células-tronco podem tratar diabetes tipo 1 e doenças cardíacas

Os pesquisadores da USP de Ribeirão Preto identificaram que a terapia combate a falha imunológica que leva o sistema de defesa do organismo a atacar o pâncreas.
Esta é apenas uma das implicações práticas recentes das pesquisas com células-tronco. Elas são encontradas em todo o organismo humano e têm a capacidade de se multiplicar e se diferenciar em diversos tecidos. As mais utilizadas, por serem mais fáceis de manipular, são as da medula óssea e as do sangue do cordão umbilical.
Também são usadas células-tronco embrionárias (retiradas de embriões humanos inviáveis ou congelados há mais de três anos), que têm a maior capacidade de dar origem a outros tipos de células e, por isso, são as mais capazes de tratar leucemias, linfomas, mieloma, talassemia, deficiências imunológicas, anemias e doenças do metabolismo.
Primeiro país da América Latina a permitir o uso deste tipo de células, o Brasil teve autorização em maio de 2008 do Supremo Tribunal Federal para realizar pesquisas desse tipo. O País também tem trabalhos de referência na área: foi a quinta nação do mundo a produzir células-tronco pluripotentes induzidas, que podem se transformar em qualquer célula sem ser criada a partir de embriões.
As possibilidades abertas pelas células-tronco são muitas. Além de diabetes tipo 1, elas têm o potencial para tratar de doenças cardíacas, problemas no fígado, esclerose múltipla, lesões cerebrais e da medula óssea, esquizofrenia, osteoporose, mal de Parkinson, doenças inflamatórias intestinais e recuperação da pele em casos de queimaduras. Em alguns casos, as células-tronco têm origem em outras fontes, como o tecido adiposo, o tecido da pele e a polpa do dente.
O Ministério da Saúde mantém a Rede Nacional de Terapia Celular (R.N.TC), que contou com dois pesquisadores de renome mundial na área: Stevens Renhe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), produziu a primeira linhagem de células-tronco obtidas sem o uso de embriões (as chamadas células-tronco induzidas), e Lígia da Veiga Pereira, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), que chegou à primeira linhagem de célula-tronco embrionária humana no Brasil.

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