Febre alta, dores no corpo, vômito, diarreia e hemorragias generalizadas nos órgãos e na pele, que se rasga e se solta dos ossos, com o sangue saindo por todos os poros do corpo. Em cerca de dez horas a pessoa morre: são os sintomas da febre hemorrágica, causada pelo vírus Ebola.
Esse vírus apareceu pela primeira vez em 1967, quando matou algumas pessoas na cidade alemã de Mar burgo. Voltou a aparecer em 1976, no Sudão e no Zaire (às margens do rio Ebola, de onde se originou o nome do vírus), matando centenas de pessoas e, novamente no Zaire, em 1995, dizimando cerca de cem pessoas.
O vírus é transmitido de pessoa contaminada para outra pelo contato direto com sangue, suor, saliva, sêmen. Mata 90% das vítimas, destruindo seus vasos sanguíneos. Não há tratamento específico, mas se as vítimas forem isoladas e mantidas em condições higiênicas adequadas, a epidemia pode ser controlada.
O Ebola faz parte de um grupo de vírus que circulam há muito tempo em animais que vivem em áreas não habitadas pelo homem ou em populações humanas isoladas (no caso do Ebola, o reservatório, isto é, o animal que abriga o vírus, parece ser uma espécie de macaco). Com a chegada do homem nesses ambientes, o vírus começa a se espalhar na população humana. Por isso, esses vírus são chamados "vírus emergentes", já que saem ou emergem de seu habitat natural.
No brasil encontramos: o Rocio, descoberto em 1975, na localidade de mesmo nome no sul do estado de São Paulo, que provoca hemorragias e lesões neurológicas; o hantavírus Juquitiba, identificado em 1993, em Juquitiba, São Paulo, causador de problemas respiratórios; o Sabiá, descoberto no condomínio Jardim Sabiá, no município paulista de Cotia, e que, como o Ebola, provoca febre hemorrágica.
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