Os vírus, as doenças virais e suas formas de imunização são grandes desafios da ciência mundial, dengue e AIDS são dois exemplos dentre outros tantos. Entretanto, nenhuma outra doença viral atingiu proporções de letalidade como o surto do vírus Ebola, naÁfrica.
A doença foi “descoberta” no Zaire (atual república democrática do Congo), em 1976, e os sintomas impressionavam tanto quanto a velocidade com que os infectados morriam. Estima-se que a letalidade do vírus do Ebola durante surtos epidêmicos atinja os 90%, ou seja, a cada 10 pessoas infectadas, 9 morrem.
Várias epidemias de febre hemorrágica produzida pelo Ebola são conhecidas: em 1976, duas epidemias, no Zaire e no Oeste do Sudão, provocaram cerca de 340 mortes. Houve uma terceira epidemia em 1979, no Sudão, e uma quarta, em 1996, no Zaire; ambas com menor quantidade de mortos. A última epidemia matou 224 pessoas em Uganda, entre outubro de 2000 e março de 2001.
Assim como todos os vírus, o do Ebola infecta células sadias do organismo, desencadeando um rápido e sequencial processo de sucessivas multiplicações e infecções de novas células. Desta forma, podemos ter que o tempo de incubação da doença varia de 02 a 20 dias, dependendo, entre outros fatores, do próprio sistema imunológico da pessoa que está infectada.
A forma de contrair a doença é muito simples, basta o contato com uma pessoa já infectada, viva ou morta, e como em alguns países africanos existe a tradição de se lavar os familiares falecidos, a doença se disseminou muito rápido. Após o contágio e período de incubação, os sintomas começam a aparecer, sendo que os mais comuns são: edemas, febre alta, vômito, dor de cabeça e insuficiência hepática e renal.
A deformação do colágeno responsável pela união dos órgãos, o elevado estágio de debilidade do paciente e as sucessivas hemorragias espalhadas por todo o organismo causam a morte do paciente infectado em pouquíssimo tempo; esse quadro é uma das principais características da febre hemorrágica conhecida como Ebola.
Infelizmente, uma vez contraída a doença, o tratamento se concentra basicamente em se tratar dos sintomas e, como já vimos, até 90% dos infectados podem morrer.
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