A relação entre dores nas costas e uma vida sexual sempre foi uma questão pouco discutida. Um estudo, publicado no ano passado no J Neurosurg: Spine, focou a interferência da hérnia de disco na qualidade de vida sexual das pessoas. Os resultados são interessantes.
A pesquisa analisou 43 pessoas com média de idade de 41 anos, entre homens e mulheres, com o objetivo de avaliar as atividades sexuais dos portadores de hérnia de disco antes e depois de passarem por cirurgia.
O resultado mostrou que 55% dos homens e 84% das mulheres disseram ter problemas sexuais após o aparecimento da dor motivada pela hérnia. A disfunção mais citada foi a diminuição do desejo sexual, tanto pelos homens, quanto pelas mulheres. Os integrantes do sexo masculino também se queixaram de ejaculação precoce e disfunção erétil (18%).
A pesquisa analisou 43 pessoas com média de idade de 41 anos, entre homens e mulheres, com o objetivo de avaliar as atividades sexuais dos portadores de hérnia de disco antes e depois de passarem por cirurgia.
O resultado mostrou que 55% dos homens e 84% das mulheres disseram ter problemas sexuais após o aparecimento da dor motivada pela hérnia. A disfunção mais citada foi a diminuição do desejo sexual, tanto pelos homens, quanto pelas mulheres. Os integrantes do sexo masculino também se queixaram de ejaculação precoce e disfunção erétil (18%).
Após o tratamento, a pesquisa apontou que a frequência de relações sexuais no grupo analisado era 78% menor antes da cirurgia, quando comparado ao período em que os pacientes disseram estar sem dor.
Como profissional, posso dizer que o estudo mostra não só a interferência do problema no cotidiano dos indivíduos, mas também a necessidade de atenção e tratamento adequado. A conclusão do trabalho mostra que os pacientes não são analisados em seu contexto geral e suas queixas paralelas ao quadro da dor acabam ficando em segundo plano, quando na verdade são componentes de grande importância.
Tratamento
Felizmente, esse problema é passível de solução, por meio de tratamento multidisciplinar, com medicamentos, fisioterapia e, em situações mais complicadas, cirurgia. No caso do procedimento cirúrgico, a tendência atual é optar por uma nova técnica minimamente invasiva, baseada na vídeo endoscopia, consagrada em países como os Estados Unidos, Ásia e Europa, e vem sendo aplicada com bastante sucesso também no Brasil.
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